domingo, 6 de junho de 2010

Dúvidas e Certezas

Enquanto caminho, apressado, tento entender porque ela parece fazer sentido, a Carol tem sido uma luz nessa vida de escuridão, pela primeira vez não dou ouvidos ao que ela me diz.

Victoria, quem é essa mulher? Como consegue se conectar comigo desse jeito?, escuto claramente sua voz. Lembro do frio na espinha que senti em minha primeira noite, não pelo fato de ter descoberto como saciar a sede que sentia, mas sim por ter visto aquele vulto, aquela mulher com estilo do século passado, pálida como a noite, cheia de roupas antigas e com uma voz que insistia em me perseguir durante os meus sonhos... ou não sonhos.

Sou Victoria! Somos irmãos.

Irmãos? Como ela pode ser irmã de alguém que nunca teve esse tipo de conforto? Sempre vivi sozinho com meu pai, sozinho até demais, quase não via o coroa em casa, sempre estávamos em horários diferentes, isso no final das contas parecia ser bom para ambos, sempre achei que fazíamos isso de propósito...

Somos irmãos! Essa é a frase que agora eu tento decifrar, pois o passado esta ficando cada vez mais distante, a cada dia que passa se torna mais e mais um pretérito imperfeito. Meu futuro hoje é o presente.

A Carol esta mais quieta que de costume...

Não sei dizer se isso é bom ou ruim, mas dessa vez não pretendo perguntar, na verdade nem sei o que perguntar, apenas penso em chegar logo.

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